Porque tantas palavras vêm me ler se meu coração sabe e meu corpo sente e minha alma responde e o espírito entende...
Porque estas constelações de letras me tomam se meu pensamento só é teu e todas as minhas curvas?
Só sei te escrever, só consigo imaginar palavras para te ler...
Que voz é essa que não me chama e eu escuto?
Que mãos são essas que não me tocam e eu derreto?
Que olhar é esse que não me vê e eu só o enxergo?
Que a saudade é essa que é sempre e ao mesmo tempo tão maior quando estou perto, junto, dentro...
Quem acende o que não apaga o que só se propaga?
Quem traz sombra qual luz que só reluz?
Peregrinei sem direção entre as estrelas, sem repousar sobre a lua pra ver surgir o sol e nascer com mais amor pra me impregnar novamente em você. Não me lembrei nem do medo que tenho da tempestade, era você que buscava...
Choveu
A chuva despertou antes e sombreou. O dia incisivo não sabia se permitia a luz, mas o gosto da água me lembrou o campo do céu, seu corpo...
E bebi sedenta desta chuva pra fazer travessia em você e seca dancei pra capturar seu suor
A chuva lembra aqueles dias...
Lembra o fantástico de nos pertencer e resistir a tempos
Esse amor é a lucidez do próprio sonho, é milagre
E a imagem, mesmo desfeita aos ventos e sombras é o brilho da miragem mais bela
Agora, em todas as manhãs de azuis e luz, você interrompe minha aparição, trazendo flores, verdes e outras cores, vivendo no meu sorriso, no meu corpo, na minha imaginação como as estrelas que trazem vida a lua nos momentos de sonhos...
Durma bem.
[Mônica Parreira] |
Até o Coração!