sábado, 26 de maio de 2012

O amor, um dia, vai me levar...

Me enfraqueço quando não forço o amor em mim existir, meu céu fica mudo e o azul não me alegra mais, só percebo o vermelho do meu coração...
Minha vida está utopicamente ligada nesta  dosagem. Nesta droga que aos poucos me mata quando imagino desvincular-se do meu corpo.

O amor veio com medos dissolvido em alegrias proibidas tocando segredos... Que segredo? Se ao sentir revela-se em tudo...

O amor é tão estranho... Faz tanto bem quando o braço abraça o sentir num calor guardado, e faz mal de morte ao constatar seus olhos namorando outros... É dor, teia, rede, beco sem saída, labirinto, quebra cabeça...
Estranho porque sentimos falta torturante pós brigas por cobranças num tempo de 30segundos, ou menos. A dor surge pelos poros, lágrimas secam rios... E mesmo com dor surgem lembranças!

Vem silêncio cantado, chuva na praça, a intranquilidade da espera, o perfume da hora...
Vem a casinha desenhada dentro do coração, as cartas escondidas, a música do riso, os beijos roubados, o pouso das mãos no queixo com o corpo agachado na calçada, na rua, no portão...

Tenho medo que o amor encontre respostas... E mesmo que me doa, continue amá-lo com uma infinita profundidade....
O amor diz que é amor, e porque me  faz doer tanto?
Porque ama se um dia vai morrer?

Tem recolhido minha paz. Guardado meus sorrisos, danças e versos. Trazendo guerra. Aniquilando. Devastando. Me perdedendo... 

E num tempo ligeiro traz brasa, cores, devolve a beleza dos destroços...
Minha falha foi ter oferecido a parte mais inerme e bonita do meu corpo...

Ter acreditado que PRA SEMPRE permaneceria guardado sem que eu necessitasse ter provas.
Provar o que sente por alarme que possa esquecer, ou que alguma coisa mude de repente, do imprevisível, do não planejado... Tenho pânico a esse tipo de provas!!!!

Sempre quis um amor de asas...
Que me fizesse dançar pelos ares do céu...
Que onde e com quem estivesse, eu estaria dentro,  perfumando e aquecendo seu corpo...
Que seus olhos observassem belas obras de arte sim, sem esquecer da nossa moldura...
Que eu pudesse dormir tranquila aqui com ele lá por velarmos nossos sonhos e vontade de querer continuar...

O amor está diferente porque somos diferentes. Eu o guardei com meus olhos abertos e andei por aí com ele solto no coração, já ele...

Tem coisas que não é necessário entender para sentir... Entender faz doer mais.

Exigimos que o outro seja fiel ao que sentimos, esquecendo que o sentimento é nosso... 

Egoísmo. Cada um é o que é. Amá-lo implica em não mudar o que é impossível transformar. É sozinho. É dom. É a coisa mais linda, delicada, inocente, transparente...
Ele esta saindo de mim... Re-LUZ-indo em outra casa-coração... Part'INDO... 

E eu só sem o amor de toda minha vida... 

Vá passarinho, Vá lá ser feliz!!! E ame sem doer!

Até...

Mônica Parreira


Santa Cruz (Fotografias)

Minha foto
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Coisas do coração.... Aqui ficarão pendidas as janelas ilustradas da minha alma que ficaram numa memória interna não exposta. Aqui há uma vontade de anos. Do que se foi, mas está por aí e por aqui. Saio da suavidade do diário amoroso para desenhar em focos o que eleve o leve, o que me prende no ar e me faz respirar. Cirandarei nas fotos com cores, redesenhando formas do bairro-história-real, que me faz mudar o olhar quando o íntimo deleita-se em admirar o sol, sentindo o tanto de lua que mora mim. Embora meus olhos queiram exibir esta arte, por favor, pintam só o que veem, sem precisar conhecer o tamanho do meu coração Até lá! [Mônica Parreira] http://www.facebook.com/MonicaParreiraFotografias http://www.olhares.com/monicaparreira http://instagram.com/monicaparreira2013