"Amai-vos uns aos outros" (João 13,34) é um comando religioso claro e inequívoco, mais conhecido do que OS DEZ MANDAMENTOS. É um mandamento exigente, difícil de cumprir. Se a paz mundial depender da incorporação desse valor, o futuro não será muito otimista. Estamos nestes 2010 anos caminhando no sentido inverso, a cada dia que passa.
Fui criada na igreja Católica do batismo a crisma. Aceito alguns propósitos, mas discordo de vários e inúmeros outros. Não sou estudiosa em religião e nem quero. Inclusive li a bíblia poucas vezes por muita preguiça da leitura. Portanto, aceitem esses comentários com as devidas reservas. Minha singela observação é repetir o que o administrador constata em sua vida secular: Metas muito elevadas acabam tendo um efeito contrário ao que deseja. Talvez seja isso o que está acontecendo no mundo cristão, à meta é ambiciosa demais.
Ou, talvez, alguém há 2010 anos inadvertidamente tenha errado na tradução do hebraico. Em vez de “Amai-vos uns aos outros”, a tradução correta deveria ter sido “Respeitai-vos uns aos outros”. Um mandamento mais brando, mais fácil, é um bom começo para vôos mais altos.
Respeitar nossas diferenças como seres humanos, nossas culturas, nossas religiões e nossos tiques individuais é bem diferente de amar a cultura, a religião e os tiques nervosos do próximo. Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la.
Não vejo como alguém criado com preconceitos possa passar a amar seu concidadão, um salto quântico impossível. Mas ensinar nossos jovens a pelo menos respeitar o negro, o oriental, o gay... É uma meta mais factível do que amá-los.
Certa vez ouvi um líder negro pedir “um mínimo de respeito”. A que ponto chegamos! Gostaria, MUITO, de ver nascer uma sociedade em que haja o “máximo” de respeito e deixando o AMOR para os jovens e os eternos apaixonados.
OBS.: Li este texto (mais ou menos) em Jan/2003 - revista VEJA- de Stephen Kanitz. Não consegui mais esquecer e todas as vezes que vinha postar algo aqui lembrava...
Adaptei ao meu modo de ver e sentir. Religião não pode afetar a essência da fé. Não deve mudar nosso templo mais exigente (o Coração). Deus, pra mim, é sinônimo e antônimo de amor. A ele dei o nome de VIDA. Por ele dedico todo meu RESPEITO.
Deste modo consigo AMAR, verdadeiramente, os que colocou e coloca de presente em meu caminho, abrindo cada um como o sopro da surpresa da manhã.
A todos outros seres não VIVENCIADOS nas minhas manhãs, deixo minha deferência e um enorme desejo de que sejas FELIZ, seja de que forma for...
Até o MEU coração!