quinta-feira, 2 de maio de 2013

Santa Cruz, amor dos meus olhos...



Santa Cruz, Zona Oeste, Rio de Janeiro
Cada imagem tem a busca da minha verdade.
Muitas vezes exponho as janelas ilustradas da minha alma que ficaram numa memória interna não exposta.
Há e haverá sempre uma vontade de anos.  Do que se foi, do que virá e do que está por aí e por aqui.
Saio da suavidade do diário amoroso para desenhar em focos o que eleve o leve, o que me prende no ar e me faz respirar.
Cirandarei nas fotos em cores e em preto e branco
redesenhando formas do bairro-história-real, que me faz mudar o olhar quando o íntimo deleita-se em admirar o sol, sentindo o tanto de lua que mora mim.
Embora meus olhos queiram exibir esta arte, por favor, pintam só o que veem, sem precisar conhecer o tamanho do meu coração.



sábado, 26 de maio de 2012

O amor, um dia, vai me levar...

Me enfraqueço quando não forço o amor em mim existir, meu céu fica mudo e o azul não me alegra mais, só percebo o vermelho do meu coração...
Minha vida está utopicamente ligada nesta  dosagem. Nesta droga que aos poucos me mata quando imagino desvincular-se do meu corpo.

O amor veio com medos dissolvido em alegrias proibidas tocando segredos... Que segredo? Se ao sentir revela-se em tudo...

O amor é tão estranho... Faz tanto bem quando o braço abraça o sentir num calor guardado, e faz mal de morte ao constatar seus olhos namorando outros... É dor, teia, rede, beco sem saída, labirinto, quebra cabeça...
Estranho porque sentimos falta torturante pós brigas por cobranças num tempo de 30segundos, ou menos. A dor surge pelos poros, lágrimas secam rios... E mesmo com dor surgem lembranças!

Vem silêncio cantado, chuva na praça, a intranquilidade da espera, o perfume da hora...
Vem a casinha desenhada dentro do coração, as cartas escondidas, a música do riso, os beijos roubados, o pouso das mãos no queixo com o corpo agachado na calçada, na rua, no portão...

Tenho medo que o amor encontre respostas... E mesmo que me doa, continue amá-lo com uma infinita profundidade....
O amor diz que é amor, e porque me  faz doer tanto?
Porque ama se um dia vai morrer?

Tem recolhido minha paz. Guardado meus sorrisos, danças e versos. Trazendo guerra. Aniquilando. Devastando. Me perdedendo... 

E num tempo ligeiro traz brasa, cores, devolve a beleza dos destroços...
Minha falha foi ter oferecido a parte mais inerme e bonita do meu corpo...

Ter acreditado que PRA SEMPRE permaneceria guardado sem que eu necessitasse ter provas.
Provar o que sente por alarme que possa esquecer, ou que alguma coisa mude de repente, do imprevisível, do não planejado... Tenho pânico a esse tipo de provas!!!!

Sempre quis um amor de asas...
Que me fizesse dançar pelos ares do céu...
Que onde e com quem estivesse, eu estaria dentro,  perfumando e aquecendo seu corpo...
Que seus olhos observassem belas obras de arte sim, sem esquecer da nossa moldura...
Que eu pudesse dormir tranquila aqui com ele lá por velarmos nossos sonhos e vontade de querer continuar...

O amor está diferente porque somos diferentes. Eu o guardei com meus olhos abertos e andei por aí com ele solto no coração, já ele...

Tem coisas que não é necessário entender para sentir... Entender faz doer mais.

Exigimos que o outro seja fiel ao que sentimos, esquecendo que o sentimento é nosso... 

Egoísmo. Cada um é o que é. Amá-lo implica em não mudar o que é impossível transformar. É sozinho. É dom. É a coisa mais linda, delicada, inocente, transparente...
Ele esta saindo de mim... Re-LUZ-indo em outra casa-coração... Part'INDO... 

E eu só sem o amor de toda minha vida... 

Vá passarinho, Vá lá ser feliz!!! E ame sem doer!

Até...

Mônica Parreira


sábado, 24 de setembro de 2011

-Medo!!!
Esse foi um comento infeliz que um sujeito fez ao ter conhecimento de uma apresentação aqui em Santa Cruz...

- “Medo? Isso é CORAGEM de sair do quintal de casa... Isso é fazer teatro, é circular... Desejo que circulem de Santa Cruz a Japeri, de Quiçamã a Varre-Sai... Isso é se desimpregnar da nhaca do glamour televisivo que sentimos de longe na pseudo classe artística carioca...” [Resposta de Pablo Ramoz -> Que orgulho danadodebomeusentimeuDeus!]

Somos ou não somos vistos como os diferenciados?

Parece-me que este sujeito não é um artista, porque a Arte está acoplada a sensibilidade, amor e vocação... Foi isso que senti e desde sempre entendi quando experimentei deste cálice: Que todo "artista tem que ir onde o povo está...”

Se Santa Cruz não tem povo, eu sou o que?
Ele é o que?
E ela e tantos outros que aqui nasceram e berçaram e crescerão e lutaram...?
E tantos mais que trabalham honestamente, saem na madruga e chega o ápice da noite e ainda estão no caminho...

Então, eu faço parte da fotografia que rola nos jornais que não leio. Porque o que acontece aqui, acontece em qualquer outro lugar.
Ah, desculpa! Aqui bueiros ainda não explodiram. Não teve arrastão em Sepetiba nem guaratiba, estamos longe de São Conrado e Copacabana.
As favelas não foram tomadas pelas UPPs, porque é pra cá que eles mandam quem vem de lá

É... Não tivemos a mesma sorte! Não estamos nas príncipais páginas televisivas

O palácio daqui guarda grandes relíquias de sonhos, o de lá carrega o nome da Guanabara e guarda o governador e suas histórias de mandatos e obrigações... E esta, será que são bem feitas?
Se fosse, Laranjeiras e Santa cruz seriam percorridas com o mesmo MEDO. Aqui porque circulam gente humilde e lá porque...

Na última quinta estive na inauguração de uma clínica da família em Del Castilho. E lá estavam presentes: O governador Sérgio Cabral, o prefeito Eduardo Paes e o ex Presidente Luis Inácio. Dentre tantas bestilidades para TENTAR emocionar a população, ou sair bem na foto, uma do Lula me chamou atenção, até porque ele é muuuuuito carismático: - “Cuidar de pobre é a coisa mais fácil num eleitorado. O rico quando entra no gabinete, pede muito e muito alto (R$), o pobre só pede RESPEITO e DIGNIDADE.”

Onde alocaram o respeito de santa Cruz e tantas das suas histórias que ajudaram ELES?

O complexo está nos condutores e na classe alta, não em nós.

Desprovidos e vítimas são o povo porque nasceram ou porque moram em Santa Cruz, Duque de Caxias, Nova Iguaçu... E não sabem como reagir por razão da decadência na educação!

Somos vítimas, Sim! Porque eles têm um complexo de pobreza radicado desrespeitando o direito do outro... Coisa que não me abalo. É triste dizer, mas já me acostumei!

Quero enraizar que não tenho vergonha alguma de morar em Santa, AMO ARTEAR aqui. Tenho ORGULHO do que faço, de ver e estar no meio do MEU POVO, que tem como a civilização mais próxima a Barra da Tijuca (um deles me falou isso). As vezes faz doer... Mas logo passa . A beleza do Rio de Janeiro, como UM TODO, tem este poder sobre mim

O complexo está nos condutores e nas classes que se acham...

Como bem disse Rogério Cavalcante: É, precisa-se de muito Freud!!!

Até...

Mônica Parreira

segunda-feira, 14 de março de 2011

MiNhA hÓsTiA, Comunhão com Deus

Sinto quando o céu me subordina...
Meus olhos atravessam por qualquer dificuldade...
Ameniza conversando sobre meus passos a respeito desta total beleza divina, e tudo mais sorri
Meus silêncios se declaram advindo em música, e a melodia do sol de Santa dança pra mim, DENTRO DE MIM, fazendo de tudo o que até então nada era, uma paisagem completa
Este céu pintado de sol matizou e eternizou um belo trabalho, um trabalho de alma orquestrada pela ternura de Deus que aqueceu, brincou e abraçou meu coração, ainda com todo meu silêncio...

[Mônica Parreira]
Até...

segunda-feira, 7 de março de 2011

Elas... Meu carnaval!

(Eu e Lara - 7 anos)

Eu: Lara, ama mamãe?
Ela: Amo!
Eu: Muito amor?
Ela: Muitoooo...
Eu: No coração gordo ou magro?
Ela: Gordo, extenso, largo, profundo...
Eu: Até aonde?
Ela: Até depois do céu!

                                     (Eu e Ana Clara 12 anos)


Eu: Ana ama mama? (ela sempre me chamou assim)
Ela: (olhares e silêncio)
Eu: Ana estou te fazendo uma pergunta, me ama ou não me ama?
Ela: Mãe isso é ridículo, já passei dessa fase!
Eu: Existe fase pra dizer que ama?
Ela: Mãe, eu falava assim quando tinha uns cinco anos. Acorda mãe! Já cresci! Isso é muito idiota!
Eu: Beleza! Tira a fantasia que já passou a minha fase de ir para bailinho de carnaval. Meu lance agora é samba no terreirão, cidade do samba, escola de samba...
Ela: Calma mãe! Eu não disse em nenhum momento que não te amava. É carnaval e você é nosso confete preferido. Eu te amo até o coração de Deus! Agora vamos?

   É por aí o caminho...
Idades, passagens, vontades...
O que prevalece? O que vale mais?
Enquanto elas brincam, eu ofereço
Enquanto elas crescem, eu ofereço sem hora com e sem dores. Com saudades e espera...
O coração e a vida são extraordinários e entenderá o meu tempo dedicado ao amor


Então...
Se você desejar eu te ofereço meu coração, mas só se você desejar!

Até lá!


Mônica Parreira

domingo, 30 de janeiro de 2011

"E se o Mundo Subir Nas Cinzas, Em Suas Cinzas e Dançar... (?)"

Gosto do amanhecer
Saborear o dia com doçura, dar e receber...



UM “BOM” bom dia tem gosto de alegria
Esperança de riso aberto
Aroma de café fresquinho, bolo de mãe com amor e afeto... Poesia!

Tem perfume das flores, ainda não absorvida pela hora do tempo, invadindo nossas janelas

Tem pássaros orquestrantes atordoando nossas instantes de sonatas paralelas e singelas

Tem apaixonados amantes se separando

Crianças brincantes estudando

Vidas RE-começando...





Gosto do amanhecer
Sentir o delírio de ver a vida acontecer

E mesmo que aja chuva, neblina, inverno...
O sol, mesmo encoberto, acende o dia sem se importar se vai ou não aparecer, isso cabe ao coração de quem vê


Também gosto de assistir o espetáculo do por do sol, sua cor... 
Apesar de tanta beleza, prefiro ver seu nascer ao adormecer

As tardes me deixam um vazio, uma tristeza...
Alguma coisa em mim fenece ou converte...

Conjunto de imagens condiciona meu particular e a tarde contesta o efeito, de tudo que foi ou não feito.
Se manifesta...
Revelando a noite, que me encanta, que repousa em mim a criança que gosta de transformar... 
Transformar estrelas pra eu brincar com a lua que me força amar e acreditar




Até..


Mônica Parreira

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As Palavras Soltas Que Ainda Sonham Se Encontrar No Meio Do Caminho Da Minha Outra Parte...

Havia um livro que lia pessoas

Mesmo aquela de estado incerto, que aguardou anos a embarcação de si mesmo

Que esperou um membro único da sua tripulação justapor da sua nau...



Este livro

Encontra um porto em cada olhar

Abre suas páginas e Prediz sob esta luz oculta a leitura do mundo



Abre-se na pluralidade do ser singular

E no ato da leitura entende o ardor de cada coração


As palavras atravessam o oceano

O céu sai voando

O fogo queima o rio

O riso cala o choro da correnteza

A luz se desconcerta no desvario e imagina o fim da leitura de si mesmo, o fim que ninguém vê...



Que historia é essa?

Porque está apagado? Eu não vejo e ele existe ou o final foi de mim levado?



PREFÁCIO
 Nada é absoluto
Tudo vai para uma direção. A direção é sua. O final estará no FINAL do seu caminho
O nascer vem em branco. A vida nada mais é do que folhas soltas escrevendo vontades, muitas vezes perdendo o colorido das virtudes...

Certo ou errado, as linhas ou os caminhos dirão



Até lá então...


Mônica Parreira
Até o coração!



Santa Cruz (Fotografias)

Minha foto
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Coisas do coração.... Aqui ficarão pendidas as janelas ilustradas da minha alma que ficaram numa memória interna não exposta. Aqui há uma vontade de anos. Do que se foi, mas está por aí e por aqui. Saio da suavidade do diário amoroso para desenhar em focos o que eleve o leve, o que me prende no ar e me faz respirar. Cirandarei nas fotos com cores, redesenhando formas do bairro-história-real, que me faz mudar o olhar quando o íntimo deleita-se em admirar o sol, sentindo o tanto de lua que mora mim. Embora meus olhos queiram exibir esta arte, por favor, pintam só o que veem, sem precisar conhecer o tamanho do meu coração Até lá! [Mônica Parreira] http://www.facebook.com/MonicaParreiraFotografias http://www.olhares.com/monicaparreira http://instagram.com/monicaparreira2013