quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

As Palavras Soltas Que Ainda Sonham Se Encontrar No Meio Do Caminho Da Minha Outra Parte...

Havia um livro que lia pessoas

Mesmo aquela de estado incerto, que aguardou anos a embarcação de si mesmo

Que esperou um membro único da sua tripulação justapor da sua nau...



Este livro

Encontra um porto em cada olhar

Abre suas páginas e Prediz sob esta luz oculta a leitura do mundo



Abre-se na pluralidade do ser singular

E no ato da leitura entende o ardor de cada coração


As palavras atravessam o oceano

O céu sai voando

O fogo queima o rio

O riso cala o choro da correnteza

A luz se desconcerta no desvario e imagina o fim da leitura de si mesmo, o fim que ninguém vê...



Que historia é essa?

Porque está apagado? Eu não vejo e ele existe ou o final foi de mim levado?



PREFÁCIO
 Nada é absoluto
Tudo vai para uma direção. A direção é sua. O final estará no FINAL do seu caminho
O nascer vem em branco. A vida nada mais é do que folhas soltas escrevendo vontades, muitas vezes perdendo o colorido das virtudes...

Certo ou errado, as linhas ou os caminhos dirão



Até lá então...


Mônica Parreira
Até o coração!



segunda-feira, 18 de outubro de 2010

AmAr no AmOr...

Você ama no amor, no perdão ou na compreensão?
Ama quando suspeita, sofre, imagina ou acredita?
Ama quando vem a dor, perdas ou sente ciúmes?

Quando é que você realmente se dispõe em amar?

Ama quando sonha, quando o trabalho dá trabalho ou quando vem o cansaço?
Ama quando julga, quando é julgado ou quando é perdoado?
Ama quando briga, quando perde ou quando ganha?

Que tipo de amor você trabalha dentro do coração pra levitar o céu de sua alma?

Amor com ponto final é uma viagem
E que pena! Um dia, de qualquer forma, vai haver um desembarque...

Lançamos o sentimento
imaginamos a turnê em nosso sangue e quem sente é sempre o oceano do coração
que é sumo em nosso pensamento

O amor veste sua vida como um anoitecer
Com um pôr do sol numa montanha aquarelado pelo mar
Pela canção que vem das estrelas orquestradas pela lua
Traja sua manhã com a cor que vem das flores com palavras usadas para descrever algo lindo...

Especial palavra nunca escrita, apesar disso, sentida pelo calor dos olhos que prima tanto anseio...

Que tipo de amor é o seu?

É aquele que desfaz todas as partes de dor que fermentaram
Que faz esquecer...
Que faz enlouquecer...
Que faz querer...
Faz ser...

Não importa qual
se achares realmente que ganhou uma paisagem completa

Amor é quando tem magnitude de amor em tudo, especialmente nos olhos

Que inspeciona tuas janelas do espírito e da alma
Que conversa com teu silencio
Que se declara por gestos fazendo infinito de tudo, tanto quanto possa

Esse é o amor que quero lançar para minha vida e colher
É o amor que quero encontrar láaaaa na frente...

Anos passados
Rugas adquiridas
Cansaço do corpo
Visão desfocada
Escassa memória

Certa vez ouvi algo a muuuito tempo mais ou menos assim: Quando estiveres na Cidade da velhice procure lembrar do que fez quando criança...

Lindo!
Mas prefiro lembrar o quanto de amor fiz nascer em mim pra viver...

O quanto de amor quis escrever
O quanto fiz adoecer
O quanto fingi não entender
O quanto passei amanhecer, anoitecer, entardecer...


Amar no amor não é só sonhar
Mas remendar, ouvir, adivinhar...
É abrir o coração, mesmo que não tenha nada pra falar

...

Um dia, esfuziante de alegria, almejo escrever para Ana Clara e Lara, meus amores
que só sei olhar, admirar, contemplar...

Como é que se ama esse amor?

Ainda não sei!

Sei que é minha eletricidade, intensidade, intenção de sensação de bem. Sinto por elas tudo o que o céu me dá e penso que ainda não aprendi amar...

[Mônica Parreira]

 


Até lá!

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A criança carrega nos olhos a esperança de um planeta em que se pode viver. Ela é uma parte do mundo. A outra parte foi NOSSA criança que essênciou...

Usamos a vida como se não fizessemos parte do planeta, esquecendo que somos parte deste mundo. O que plantamos, alguém vai colher. O que estragamos, alguém vai adoecer. O que cuidamos, alguém vai amar...

Não sabemos lidar com o próprio corpo quando desrespeitamos onde pisamos...

Dalai Lama disse: "Se planejarmos para um ano, devemos cultivar cereais; se para uma década, devemos plantar árvores; porém, se planejarmos para uma vida inteira, devemos educar o homem."

Que tribo? Que palavras? Em que dialeto? Que regras, preconceitos ou liberdades e que tipo de amor e de sentimentos estamos comungando para oferecer as nossas crianças e fazê-las assimilar que o corpo, a vida e o planeta são partes essênciais de sí mesmo?

Faça com que o desenho do sol seja a pintura que seu coração precisa para iluminar sua vida, suas flores, amigos, amores, passos, caminhos, céu...

Ser feliz é o que pede o coração...

[Mônica Parreira]


Até lá!





quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Conversas de amigos... Palavras de A M O R...

Entorno aqui um gole da minha pequena coragem dividindo com vocês um texto de um autor desconhecido e mensagens de dois amigos num momento em que meu coração se aquecia do silêncio. Passei a pouco por uma temporada MUITO dificil e eis que a beleza, a verdade, a simplicidade e as cores destas palavras me fez rever quem fui, quem sou e o que quero ser. Elas ficaram guardadas. Entrantando, meu objetivo NUNCA foi guardar palavras e atos do bem. E apostando na paz interior as lanço no ar, entrego a cada um que por aqui passar com o mesmo amor que recebi.



 Moniquinha,
Este texto que vou lhe enviar tem a sua cara!
Quando lí, imediatamente lembrei de vc, que NUNCA me deixou sentir a distancia geografica que existe entre nós e também por não conhecer ninguém que brigou com a sociedade tão bem por causa dos amigos, sem importar com o que de ti iriam pensar...


Quem te conhece, sabe do que estou falando!
Vc é minha Idola!!!
Boa leitura.


PS.: Continue voando baixo pra gente te alcançar sempre que o coração apertar...


A CARTA
"Um jovem recém casado estava sentado num sofá num dia quente e úmido, bebericando chá gelado durante uma visita ao seu pai. Ao conversarem sobre a vida, o casamento, as responsabilidades da vida, as obrigações da pessoa adulta, o pai remexia pensativamente os cubos de gelo no seu copo e lançou um olhar claro e sóbrio para seu filho.


- Nunca se esqueça de seus amigos. Aconselhou! Serão mais importantes na medida em que você envelhecer. Independentemente do quanto você ame sua família, os filhos que porventura venham a ter, você sempre precisará de amigos.. Lembre-se de ocasionalmente ir a lugares com eles; faça coisas com eles; telefone para eles...


Que estranho conselho! Pensou o jovem... Acabo de ingressar no mundo dos casados. Sou adulto. Com certeza minha esposa e a família que iniciaremos serão tudo que necessito para dar sentido à minha vida!


Contudo, ele obedeceu ao pai. Manteve contato com seus amigos e anualmente aumentava o número de amigos. Na medida em que os anos se passavam, ele foi compreendendo que seu pai sabia do que falava.


Na medida em que o tempo e a natureza realizam suas mudanças e mistérios sobre um homem, amigos são baluartes de sua vida.


Passados 50 anos, eis o que aprendi:
O Tempo passa.
A vida acontece.
A distância separa..
As crianças crescem.
Os empregos vão e vêm.
O amor fica mais frouxo.

As pessoas não fazem o que deveriam fazer.
O coração se rompe.
Os pais morrem.
Os colegas esquecem os favores.
As carreiras terminam.


MAS... Os verdadeiros amigos estão lá, não importa quanto tempo e quantos quilômetros estão entre vocês.


Um amigo nunca está mais distante do que o alcance de uma necessidade, torcendo por você, intervindo em seu favor e esperando você de braços abertos, abençoando sua vida!


Quando iniciamos esta aventura chamada VIDA, não sabíamos das incríveis alegrias ou tristezas que estavam adiante. Nem sabíamos o quanto precisaríamos uns dos outros."


 RESPOSTA:
Que coisa maravilhosa! Esse é o sentido da vida - A AMIZADE.


Meu amigo tem razão. A única coisa que nos resta quando tudo não parece mais possível é o amor dos amigos.


Amor de amigo é como esperança que nunca se acaba; é o que nos impulsiona a levantar da cama e viver um novo dia.


Gore Vidal escreveu: "Agora nada mais resta, a não ser esperar por um novo dia, um novo Sol. Nascido do mistério do tempo e do amor do homem pela luz".


Acredito que o que ele quis dizer é que em cada de um nós reside uma força humana predestinada a vencer. O desejo de viver, de ser feliz, que pode não estar tão explícito assim nas nossas falas ou condutas. Mas o subconsciente está ali a todo momento dizendo: _"Levanta dessa cama!!! Vc ainda tem muita história pra viver e pra contar!".


Eu tô ficando emocionada escrevendo essas linhas pra vocês e ainda nem tomei café, rsrsrs


Mas eu acredito na força e na fé de cada um. Na minha, na sua, na dele... E preciso que vocês também acredite nisso. Mas o "acreditar" deve estar alinhado ao fazer.


Então FAÇAMOS nossa vida valer a pena. Tudo tem um propósito. Nós não acordamos de manhã à toa, Deus não nos deixa sair de casa sem ter a certeza de que aprenderemos algo naquele dia.


A vida não é vazia, como imaginam alguns. Ela tem sentido. E o importante, é que esse sentido nós é que damos a ela: com um amor, com um amigo, com trinta amigos, com um sorriso espontâneo, com força de vontade, com nosso amor, com amor guardado ou com um "VAMOS EMBORA DESSA PORRA AGORA!!!", rsrsrs (Sei que você amiga entendeu).


Por isso eu não posso admitir em perder vontade nas coisas boas, nas coisas belas, no amor, no sexo, na amizade, na piada bem contada, no sorriso verdadeiro, numa surpresa, numa ligação...

 ELA  RESPONDE:
Vc não deixa ninguém perder emoção. E estou aqui pra dizer que vc vai vencer essa luta. Porque vc é o sentido da sua própria vida, por que vc é o sentido da vida de muitas pessoas, por que vc é minha amiga, e minha amiga "NÃO DESISTE NUNCA PORRA!!!".
Agora vou tomar um cafézinho e espero que vc tb vá tomar um.


Comece hoje pelo café, amanhã te levo pra beber uma Estela Astoir (aquela cerveja do chefe, rsrs) lá na Rua da Assembléia no centro pra contar sua nova "Temporada das Flores"

Carpe Diem.
Te amo!!!
Beijos!!!



Uma rosa Para o Autor desconhecido, Lívia Galvão e Rodrigo abranches que NÃO guardam seus sentimentos como rivais..


Espero que tenham entendido. Atravessei uma na outra pra somar para aqueles que me conhecem e sabem pelo que passei e fazer pensar aqueles que não. E pra encerrar minha prévia explicação deixo uma frase de Eduardo Galeano:
“Alice se quisesse hoje ver o mundo as avessas não precisaria atravessar nenhum espelho, bastaria que chegasse a janela.”

Mônica Parreira

Até...

domingo, 26 de setembro de 2010

Onde nascem meus versos...

Dentro do mundo, distante de tudo

Próximo da poesia, fora da melodia

Sol ininterruptamente longe da lua

Beija flor perdido na rua

Mar sem horizonte

Chuva sem calor e doçura

Versos desperdiçados, oração de ouvidos fechados

Portas abertas, caminhos fechados...



Mas há uma flor num deserto queimado!



Acho-me no meio do que está esquecido ou perdido...



Fico porque preciso lembrar ou encontrar pra descrever ou mostrar



O quê?

Ainda não sei, o tempo dirá!



Cada coração entenderá de um jeito mesmo...


[Mônica Parreira]



Até o Coração!

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Quero e Vou...

Abrir espaço para o futuro

Sem dar chances para sobras e nunca esperar pelo princípio do infinito, descobrirei com meus próprios olhos, conferindo minhas páginas, atualizando o que esta em branco

Farei travessuras, brincarei de travesseiros, pularei a janela...

Vou sair pra dançar, marcar encontros, amar, fotografar...

Vou REalfabetizar meu coração sem medo de errar, sem desanimar e prosseguir...

O tempo é menos demorado e mais curto do que se imagina, e as cicatrizes menos esperadas maqueiam nosso corpo, não o coração e a alma

Por isso reflito em palavras versos sempre para o amor, meu aliado

Penso em expressões, enquanto um poeta transforma naturalmente o desgaste natural da cor da flor
Onde parecia tão monótona, tão cansada, tão sem luz...
Ele se embeleza da arte das suas pétalas
Ele sente pelo olhar

Há sempre espaço para o cultivo do amor, mas só quem o sente é capaz de degustar um poema

A poesia me vem como a respiração
Não consigo viver sem tentar defini-lá, e como não há definição, viverei mastigando minhas vontades que está além do limite suportável

E vou...
E me levam...
E me permito...

Vou além, sem definir a certeza ciclicamente interminável e escrevo e registro o que sinto de bom, o mau da minha auto-afirmação jogo fora

Preciso da busca do bem, do amor

Alimentar-me da bela alma do artista de pisar leve...

Um dia hei de chegar a algum lugar com alguns de uns versos a contar e com algumas fotos a mostrar...

Sei que não passo de uma moça que sonhou em ser uma artista, que poderia ter encenado ou fotografado alegrias nos palcos da rua...
Contudo mostro-me na realeza da vida

Não fui feita de cor, papel, palavras, poesias...
No entanto fui acontecida de amor

E vou além...

Além de mim descobrir o esquecido e tentar buscar alcançar o olhar e o sentir do poeta

Quem sabe lá longe inda posso registrar lindas vidas cheia de rosas, sonhos, poesias, encantos...
E uma menina parecida comigo

Mônica Parreira


Até...

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Respeitai-vos Uns Aos Outros


"Amai-vos uns aos outros" (João 13,34) é um comando religioso claro e inequívoco, mais conhecido do que OS DEZ MANDAMENTOS. É um mandamento exigente, difícil de cumprir. Se a paz mundial depender da incorporação desse valor, o futuro não será muito otimista. Estamos nestes 2010 anos caminhando no sentido inverso, a cada dia que passa.

Fui criada na igreja Católica do batismo a crisma. Aceito alguns propósitos, mas discordo de vários e inúmeros outros. Não sou estudiosa em religião e nem quero. Inclusive li a bíblia poucas vezes por muita preguiça da leitura. Portanto, aceitem esses comentários com as devidas reservas. Minha singela observação é repetir o que o administrador constata em sua vida secular: Metas muito elevadas acabam tendo um efeito contrário ao que deseja. Talvez seja isso o que está acontecendo no mundo cristão, à meta é ambiciosa demais.

Ou, talvez, alguém há 2010 anos inadvertidamente tenha errado na tradução do hebraico. Em vez de “Amai-vos uns aos outros”, a tradução correta deveria ter sido “Respeitai-vos uns aos outros”. Um mandamento mais brando, mais fácil, é um bom começo para vôos mais altos.

Respeitar nossas diferenças como seres humanos, nossas culturas, nossas religiões e nossos tiques individuais é bem diferente de amar a cultura, a religião e os tiques nervosos do próximo. Posso perfeitamente respeitar uma pessoa diferente e estranha, embora nunca pretenda amá-la.

Não vejo como alguém criado com preconceitos possa passar a amar seu concidadão, um salto quântico impossível. Mas ensinar nossos jovens a pelo menos respeitar o negro, o oriental, o gay... É uma meta mais factível do que amá-los.

Certa vez ouvi um líder negro pedir “um mínimo de respeito”. A que ponto chegamos! Gostaria, MUITO, de ver nascer uma sociedade em que haja o “máximo” de respeito e deixando o AMOR para os jovens e os eternos apaixonados.

OBS.: Li este texto (mais ou menos) em Jan/2003 - revista VEJA- de Stephen Kanitz. Não consegui mais esquecer e todas as vezes que vinha postar algo aqui lembrava...

Adaptei ao meu modo de ver e sentir. Religião não pode afetar a essência da fé. Não deve mudar nosso templo mais exigente (o Coração). Deus, pra mim, é sinônimo e antônimo de amor. A ele dei o nome de VIDA. Por ele dedico todo meu RESPEITO
Deste modo consigo AMAR, verdadeiramente, os que colocou e coloca de presente em meu caminho, abrindo cada um como o sopro da surpresa da manhã.
A todos outros seres não VIVENCIADOS nas minhas manhãs, deixo minha deferência e um enorme desejo de que sejas FELIZ, seja de que forma for...


 
Até o MEU coração!

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Que Coisa Doida!

Nota-se que o coração
vem a ser dois pontos de interrogação
virados um para o outro.

Quem inventou este desenho?




Pra mim são duas interrogações
que quando juntas
se abraçam ou se beijam. (rs)




Então, até o coração!



Mônica Parreira

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

♪ ♥ ♫


Meus pés

   Meus sonhos
      Minhas cores
         Minhas estrelas
            Meus amores...


                    É assim que me alcanço!

Alcanço-me porque sei onde está minha raiz, no entanto, onde vou chegar... Não tenho a menor idéia!

Vou crescendo, atravessando dores, entrelaçando, morrendo, renascendo... Não carrego sobrenome de Parreira atoa. É preciso atuar!

Sempre tentando ser humana. Por vezes trocando atos pelos sentimentos, por uma opção de amor, fruto de uma escolha minha

Posso ser doce, azeda, sem gosto...
Depende de como sou arrebatada
E quanto mais arrancada e pisada, não fico sossegada

É que alguns não sabem que o sonho é o canto da minha vida, a dança da minha alma, a sinfonia que traz a minha calma

Não sabem que o sonho ultrapassa o coração, escorrega das próprias mãos, muda nossa direção, mesmo na contramão, sem nenhuma garantia de felicidade...

Não sabem que o sonho é como o vinho fermentado
Ora doce, seco, rascante ou amargo

Isso é inalterável na vida, tão concreta e definida
Vida minha, sua, nossa...

Não sobreviva a vida, viva!

A vida tem que ser vivida como o bom vinho SUAVE

Por vezes, embriago de mim mesma
E dentro de mim canto
E fora me perco no desembarque...

E bebo o vinho da minha própria uva
Do meu competente pé de Parreira, meu contraponto
Meu porto, meu barco, refletor, palco, bastidor...

Meu sobrenome perpétuo que me orgulho em carregar, sem máscaras
Que tem entre seus pés um sonho
Que dará o TINTO para o céu, o BRANCO pra terra e o SABOR pra minha vida, onde não me cansarei de BEBER, nem de porrar e extrapolar


Mesmo que seja difícil atravessar...




Até...


segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Que o amor seja inventado...

Quando ela era criança
Imaginava pela sua dança que seus passos seriam leves e viveria a vida em grandes movimentos

Era tímida. Tinha o apelido de olhos cor do sol. Ouvia isso do seu pai que a deixava vermelha sem ao menos entender o porquê. Ele explicava com suas simples palavras que era só ela abrir os olhos pra vida dele ensolarar...

Era uma criança feita de cores...

A primeira vez que se olhou de verdade no espelho, viu o tom do tecido azul que cobria sua pele branca. O reflexo a conquistou. O azul passou ser sua cor mais querida, Embora os verdes presentes sugerissem a beleza da esperança

Era diferente

Ainda lembra da primeira vez que se olhou com contestação neste mesmo espelho
Já era menina. Inquieta e magra, cabelos loiros escuro e compridos. Achava-se delicada, sem ver beleza

Tinha uma pinta estranha no rosto e suas colegas, que já mostravam formas e curvas, riam

Tudo nela era silencioso, menos as tonalidades, seus passos e seu coração

Suas cores eram diversas, e sonhava com um amor que fosse pra sempre

Não pensava em peitos, coxas e bundas. Não passava maquiagem. Não fazia penteados, não conhecia a história do Pequeno Príncipe, mas desde cedo entendeu que “O essencial era invisível aos olhos”

Ela era o contraste delas...

Cresceu com suas cores e movimentos. Aí não teve jeito, conheceu o amor. Não estava vestida de azul e acreditava que a cor dos seus olhos, sem o dia, não faria efeito, não ia ensolarar...

Não adiantava seu pai explicar. As lágrimas rolavam. Passou ter mais timidez e vergonha, desvencilhando seu olhar

Agüentou por um longo tempo não abrir a porta pra este amor não entrar. Fugia... Sumia...

Ele, nos seus sentidos, chamava alto. Seus pais podiam ouvir e brigar. Ligava o som pra se cobrir, e esquecer, com uma música bem alta que, sem querer, idealizava ser deles, e começava dançar... Dançar... Dançar... E imaginar!

Então ele a acompanhou por um longo tempo sem pensar em dormir pra conquistá-la. Sentia quando estava por perto e sossegada, ficava em paz...

Quando precisava descansar, antes de ir embora, ele deixava uma carta de amor com um sorriso leve, fazendo-a entender que ia voltar, pra ela nunca despertar

Passaram-se vários capítulos
As promessas de amor era a mesma
Nada danificaria

Uma noite rejeitou sua cor...

Um dia seu coração voou...

Decidiu então que não queria mais aquilo. Não mais deixaria chegar perto novamente. Colocaria seu vestido azul, renasceria pra dançar até cansar e curada deste amor acreditava acordar...

Não era mais uma menina. E sim, uma sonhadora profissional, pois continuava sonhar com seus braços e se via como sua dona

Mesmo de tão longe, descobria nela não mais as cores da menina, nem a brandura da sua adolescência, mas as tantas das mulheres guardadas que pode ser

Uma tarde o amor abençoou...
Serenaram com seus olhos abertos. Alma na cara. Coração entregue. Era tão completo,tanto afeto. Ele, sem intenção das outras, só as variáveis dela e teve uma quando, onde e em cada canto quisesse. E ela tinha sua febre, seus olhos, suas mãos, palavras, danças, colo, cabelos acariciados, afagos e uma canção pra acordar a tempo este momento feliz...
...
No domingo, à tardinha, ela abriu os olhos pra ver o fim do dia. Sentiu algo lento e curioso. Não necessitou ir até a porta. Ele já estava dentro dela cantando...

Pegou-a pela voz do coração e disse de modo gentil: -Entrei pela janela, vamos dançar? Vamos entrar na madrugada entre nossos lençóis de tantos anos-sonhos e movimentar?

Sonhos... Vontades... Desejos...

Abastecidos das vozes aceitaram o corpo falar

De alguma forma é preciso saciar, consumar...

Levados ao universo, foram envoltos. Desnudaram suas almas. Se perderam pelo ar, abastecendo o plural em igual quantidade de se amar

-E o vestígio?

-Ah, vá imaginando segundo seus versos! Porém, desfaça seus reprimidos!

Mônica Parreira



Até...

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Ai-Saudades...


Fui feita divinamente de dois "Sacer-

Doceis" corações...

 E carrego a redenção dos pecados!


Santa Cruz (Fotografias)

Minha foto
Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Coisas do coração.... Aqui ficarão pendidas as janelas ilustradas da minha alma que ficaram numa memória interna não exposta. Aqui há uma vontade de anos. Do que se foi, mas está por aí e por aqui. Saio da suavidade do diário amoroso para desenhar em focos o que eleve o leve, o que me prende no ar e me faz respirar. Cirandarei nas fotos com cores, redesenhando formas do bairro-história-real, que me faz mudar o olhar quando o íntimo deleita-se em admirar o sol, sentindo o tanto de lua que mora mim. Embora meus olhos queiram exibir esta arte, por favor, pintam só o que veem, sem precisar conhecer o tamanho do meu coração Até lá! [Mônica Parreira] http://www.facebook.com/MonicaParreiraFotografias http://www.olhares.com/monicaparreira http://instagram.com/monicaparreira2013